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Mesmo
com toda a quebra de "ilusões" desde o início do Governo Lula,
acreditava que o PT (como um todo) seguia sendo um caminho viável à
esquerda. O problema estava (e está) na velocidade com que esse caminho
foi se distanciando das esquerdas ou, pelo menos, de suas plataformas
históricas. Vemos várias bandeiras históricas e importantes das
esquerdas serem desbancadas com uma facilidade que assusta.
Por outro lado, sempre que chega o período eleitoral, parece haver o
impasse: o PT como a alternativa à emergência (ou, dependendo do
contexto, ao retorno) de forças políticas mais conservadoras. Por vezes,
me pego pensando em algo parecido com o "voto útil". A saída de bons
quadros do PT (ou mesmo seu “escanteamento”) parece indicar que o PT
agoniza. Mas (me parece) não eleitoralmente, e sim enquanto partido de
esquerda. O fortalecimento da corrente que levou Villaverde à
candidatura em POA, em detrimento de Raul Pont, é ilustrativo disto...
Por outro lado, a situação do PT em POA (antigo reduto eleitoral
petista) nesta eleição pode bem ser um indicativo de um declínio também
eleitoral: Até poucos dias, as pesquisas indicavam 5% dos votos; agora,
indicam 10%. De qualquer maneira, o PT ficaria de fora do segundo turno
(algo que não acontece desde sua primeira vitória na capital gaúcha lá
em 1989).
Um balanço do desempenho do Partido nas principais
capitais e maiores cidades poderá jogar luz neste quadro. Porém, uma
outra questão pode se colocar: em eleições majoritárias federais, quanto
dos próximos êxitos petistas será fruto do "trabalho partidário" e
quanto será fruto do capital político (pessoal) de Lula?
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